Em 20 de setembro de 2021 o Estado de São Paulo iniciou a vacinação da 3ª dose para o grupo dos imunossuprimidos.
Considera-se que, assim como nos idosos, este grupo apresenta menor proteção pelo esquema padrão da vacinação, estando indicado pelo Ministério da Saúde a 3ª dose da vacina contra a Covid-19.
Nossos pacientes com doenças reumatológicas autoimunes em uso de imunossupressão devem ser orientados a receber a dose de reforço. Entram neste grupo pacientes em uso de:
⁃ Corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, ≥14 dias - incluindo pacientes em pulsoterapia;
⁃ Metotrexato
⁃ Leflunomida
⁃ Micofenolato de mofetila
⁃ Azatioprina
⁃ Ciclofosfamida
⁃ Ciclosporina
⁃ Tacrolimus
⁃ 6-mercaptopurina
⁃ Imunobiológicos originadores (inibidores de TNF-alfa - etanercepte, infliximabe, adalimumabe, golimumabe, certolizumabe pegol -, tocilizumabe, canaquinumabe, abatacepte, ustequinumabe, secuquinumabe, ixequizumabe, rituximabe, belimumabe) e seus biossimilares
⁃ Inibidores da JAK (Tofacitinibe, baracitinibe e Upadacitinibe)
A dose de reforço deve ser aplicada A PARTIR DE 28 dias da 2ª dose. Estão autorizadas para a dose de reforço as vacinas da Pfizer, Janssen e Astrazenica - não havendo obrigatoriedade de ser a mesma vacina aplicada nas doses anteriores.
Conforme nota da Sociedade Brasileira de Reumatologia publicada em 14 de setembro de 2021: “Um painel de 24 especialistas da SBR chegou ao consenso sobre a não descontinuação temporária de medicamentos imunossupressores para a aplicação dose adicional de vacina contra SARS-CoV-2, até que novas evidências de que a estratégia de interrupção traga um impacto positivo na resposta vacinal e seja factível na prática clínica […]. Se evidências robustas surgirem sobre este tópico, a recomendação será atualizada.”